Na história dos Negros Cativos,
quando os mesmos eram açoitados em represália à algo que foi julgado errado,
sangravam no Pelourinho ou Tronco,
e eram deixados para serem recolhidos por seus irmãos de senzala.
Sempre em toda senzala havia um ancião responsável por fazer o agrado aos Orixás,
este mesmo era o que passava os ensinamentos ancestrais aos mais novos,
quando era retirado o Negro açoitado, juntava-se do pé do Pelourinho ou Tronco,
o Axorô do filho misturando-o à terra do mesmo local, dentro de um Coité,
levado imediatamente para uma peça da senzala,
à qual os Negros tinham em Sincretismo imagens,
de Santos Católicos, atrás deste local(Altar),
havia um recuo, conhecido como Roncó,
aonde o Negro velho portador da milenar arte de moldar vultos,
estava aguardando que trouxessem o Coité.
Era moldado o vulto do Orixá Regente do Eledá do então Filho de Santo,
que agora deitou em sacrifício sobre as honras dos Orixás.
Observação:
Este foi o verdadeiro motivo de usar-se até os dias de hoje,
a expressão:
" ARRIAR-SE PARA O ORIXÁ".
"Asé oni Esú Bará Olodê"
" Energia do que Caminha no Caminho de Barro "
Fernando de Bará Olodê.